segunda-feira, 27 de julho de 2015

Mo Gun privativo de Moy On Da San recebe membros do NBH

O Mestre Anderson Maia possui um Mo Gun (recinto marcial) privativo, situado entre as cidades históricas de São João del Rei e Tiradentes - MG. Ao contrário do Núcleo Belo Horizonte e os demais núcleos licenciados da Moy Yat Ving Tsun Martial Intelligence, essa escola não é aberta ao público, e sim serve especialmente aos membros da Família Moy On Da San e está aberta exclusivamente às demais famílias kung fu descendentes de Grão-Mestre Moy Yat.
O espaço para a vida-kung fu da família Moy em Minas Gerais.
No último sábado esse espaço para a vida-kung fu dos Moy recebeu dois membros, Cristiano Torres e Rafael Lana. Eles foram convidados pelo Si Fu Anderson Maia para coroar o acesso ao Siu Nim Tau, o nível básico do Sistema Ving Tsun. Como tutores assistentes, também estiveram presentes dois membros do nível superior, os Si Hing Thiago Lima e Carlos Soares.
Prática aprofundada de Siu Nim Tau.
Durante mais de seis horas de estudo, os presentes puderam apreciar o que no Kung Fu chama-se Kuen Faat, o entendimento da "metodologia" que está por detrás da sequência ou listagem (Kuen Lo) do Siu Nim Tau, o que comumente chama-se "forma". O primeiro domínio do Sistema Ving Tsun é que dá as bases para os demais cinco níveis, portanto, de crucial entendimento para toda a carreira de um praticante.
Si Fu Anderson Maia e os membros da Família Moy On Da San.
Tal processo de imersão, fora do núcleo, remete aos tempos antigos, na China, onde a família kung fu compartilhava um Mo Gun para a transmissão coletiva, porém usava-se também recintos privativos, como a residência do mestre ou uma sala reservada. Em Hong Kong, o Patriarca Ip Man tinha o seu próprio apartamento e a escola para tais finalidades, ambas próximas, localizadas na região de Mong Kok da então ilha britânica.
Comitiva brasileira na rua de Mong Kok onde Ip Man residia e ensinava.
A agenda desse Mo Gun privativo já está preenchida para o segundo semestre de 2015. Um privilégio para os membros da Moy Yat Ving Tsun de Minas Gerais.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Continuação do "O Tigre e o Dragão" é adiada para 2016

Dentre os modernos romances marciais literários chineses (wuxia), onde o Kung Fu e guerreiros são os principais ingredientes, pode-se dizer que a saga "Crane-Iron", de cinco obras do autor Wang Dulu (1909-1977), tornou-se a mais famosa na China do século passado, bem como a sua versão em quadrinhos (em chinês manhua e mangá em japonês).
Capa da obra "Crouching Tiger, Hidden Dragon"
O grande público melhor conhece a quarta obra, Wo Hu Zang Lung, ou seja, "Crouching Tiger, Hidden Dragon", no Brasil, "O Tigre e o Dragão", sucesso em sua adaptação cinematográfica, ganhador do Oscar no ano 2000, com direção de Ang Lee, estrelando Chow Yun Fat e Michelle Yeoh.

A obra toma como principais quatro artistas marciais, três mulheres e um homem, algo que surpreende no gênero, normalmente dominado por personagens masculinos. Para os praticantes de Ving Tsun, estilo que tem como honorável fundadora a mestra Yim Ving Tsun, é uma bela referência da eficácia dos aspectos femininos na natureza do combate.
Mulheres como guerreiras e mestras de Kung Fu.
Apesar do sucesso no cinema, poucos puderam captar a verdadeira mensagem do filme, muito além das maravilhosas cenas de luta, aprofundada em questões das relações humanas e a dimensão do Kung Fu, como mecanismo de desenvolvimento.

Historicamente, a saga completa passa-se inicialmente na escola de Kung Fu do templo Budista Shaolin e segue na escola de Kung Fu do templo Taoísta Wudang, influências e fusões que de fato ocorreram, em meados do século XVI em diante. No filme, que remete ao quarto livro, menciona-se apenas o templo da montanha de Wudang. Há também uma série de TV, gravada em Taiwan, de 34 capítulos, mais abragente.
A famosa espada "destino verde" exposta em uma loja de cutelaria.
O segundo filme da pentalogia de Wang Dulu, baseado no livro três da obra do escritor, receberá o título "Crouching Tiger, Hidden Dragon - The Green Legend". O nome adveio da espada "destino verde", a famosa arma chinesa, cortejada por todos os guerreiros, como o símbolo máximo de habilidade e da herança ancestral.
O primeiro cartaz oficial do segundo filme.
O lançamento mundial da continuação estava previsto, nas salas I-Max e no Netflix, para agosto próximo. Ao que tudo indica, o filme ficou agora para janeiro de 2016. Aos aficionados pelo cinema asiático e de artes marciais, restou aguardar.

https://en.wikipedia.org/wiki/Crouching_Tiger,_Hidden_Dragon_II:_The_Green_Legend

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Pôster "Ving Tsun Kuen Kuit" em seu segundo lote disponível

Após o seu lançamento nos EUA, em dezembro do ano passado, o pôster artístico "VING TSUN KUEN KUIT" chegou em sua segunda distribuição no Brasil, através do Mestre Leonardo Mordente (Moy Lei On), curador do projeto sobre a obra dos selos de Grão-Mestre Moy Yat, que retratam os provérbios marciais do Ving Tsun Kuen. Veja o vídeo:


Para adquirir esta raridade, acesse o website: www.vingtsunkuenkuit.com ou escreva para myvt.bh@gmail.com. O pôster será entregue em qualquer parte do mundo, através do sistema paypal.
O põster "VTKK" é o primeiro de um grande projeto da obra de GM Moy Yat.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Dia Memorial do Ving Tsun

O Núcleo Belo Horizonte mais uma vez reuniu seus membros para celebrar o Dia Memorial do Ving Tsun, data esta instaurada pelo Patriarca Ip Man em 1967, em Hong Kong, quando houve a fundação da HONG KONG VING TSUN ATHLETIC ASSOCIATION, a primeira entidade oficial do Ving Tsun (Wing Chun) em todo o mundo.
A logomarca e as placas tradicionais da HKVTAA, desde 1967.
Embora a data seja variável e segue o calendário chinês, convencionou-se celebrar no ocidente o "Dia do Ving Tsun" todo dia 4 de julho. É sabido que a popularidade desse estilo de Kung Fu nos anos 60 alcançaram patamares nunca antes vistos na então ilha sino-britânica, com milhares de praticantes, mesmo de outras artes marciais, buscando alguma mostra da prática do Ving Tsun Kuen. O nome de Bruce Lee, recém surgido como astro do cinema asiático, e a supremacia do estilo nos Gong Sau, os desafios inter-estilos que tomaram o círculo marcial de Hong Kong, fizeram a febre ocorrer.
Gong Sau, os tradicionais desafios que ganharam fama em Hong Kong, seja em terraços reservados à locais públicos. 
No entanto, o Patriarca Ip Man, mesmo aberto à expansão e a receber todos interessados, tinha preocupações maiores junto aos seus discípulos mais próximos: o de salvaguarda do sistema tradicional, onde os seis domínios do Ving Tsun estivessem pautados na transmissão pelo método Sam Faat, que mais tarde o Grão-mestre Moy Yat a rebatizou no inglês como "Kung Fu Life". Porém, o sábio patriarca tinha consciência que era inevitável a popularização da arte. O que se fez então foi dar maior suporte aos discípulos, os Dai Ji, que poderiam melhor organizar o inelutável crescimento mundial do Ving Tsun.
Ip Man em discurso de inauguração da primeira entidade.
O próprio nome ou transliteração, antes do ato de 1967, usava-se somente o WC - Wing Chun. Isto passou a ser motivo de chacota do círculo marcial quando os praticantes de outras escolas chamavam de "Kung Fu do banheiro" (Water Closet, em inglês). Foi com a fundação da entidade em Hong Kong que oficializou-se o VT - Ving Tsun, tendo Moy Yat contribuído com o estudo da transliteração, a pedido do patriarca. Hoje Ving Tsun, Wing Chun, Wing Tsun, Wing Chung, dentre outras, são usadas.
WC ou Water Closet. Motivo de mudança para Ving Tsun, com VT.
O grande mestre chinês recomendou que no dia memorial todos os Si Mun (famílias de kung fu) do Ving Tsun fizessem um encontro memorando os ancestrais da arte, de modo que a história de cada uma das gerações pudessem ser mantidas para as futuras. Sendo assim, o Mestre Anderson Maia, em seu 25o. aniversário na Família Moy Yat Sang, convidou os membros do Núcleo Belo Horizonte e, para memorar seu passado, houve uma menção aos ancestrais, seguida da mostra do I Seminário Internacional de Ving Tsun Kung Fu, realizado no Brasil, na primeira visita de Grão-Mestre Moy Yat, em São Paulo, agosto de 1990.
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O Mo Gun de Belo Horizonte com presença marcante no Memorial do Ving Tsun.
O Dia Memorial do Ving Tsun de 2015, no Núcleo Belo Horizonte da Moy Yat Ving Tsun Martial intelligence, serviu enfim para também anunciar aos presentes o seu próximo grande evento: os 25 anos da MYVT em Minas Gerais, a ser realizada no dia 22 de agosto, com a presença de notáveis da entidade, além dos seus líderes, Mestre Leo Imamura e Dra. Vanise Imamura.
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Mestre Anderson Maia relatando sobre a primeira visita de GM Moy Yat, em 1990.