quinta-feira, 28 de maio de 2015

Membro de Portugal completa 10 anos

O Núcleo Belo Horizonte recebeu neste mês o membro vitalício da Moy Yat Ving Tsun Bruno Moura, que vive em Lisboa - Portugal.
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Si Fu Moy On Da San e seu Dai Ji, Moy Bun No.
Em 2005, ainda no Brasil, Bruno tornou-se aluno do Mestre Anderson Maia, na escola do bairro Savassi. Pouco mais de um ano, tamanho envolvimento e dedicação, Bruno tornou-se tutor e, em seguida, coordenador de núcleo, funções que, tradicionalmente, são chamadas de "Kau Tau" e "Cho Kun" no círculo marcial do Kung Fu.
Bruno Moura ao lado do Si Fu Anderson Maia, cerca de 10 anos atrás.
Em 2008, Bruno foi morar em Portugal, por motivos profissionais. Mesmo do outro lado do Atlântico, ele manteve estreito contato com seu Si Fu. Foi quando decidiu-se por realizar a cerimônia de discipulado - Baai Si, ficando agendado para o ano de 2009, quando o mestre Anderson Maia viajaria para a China e faria escala na Europa.
Mestre Leo Imamura e Mestre Anderson Maia em 2009 na China.
O Baai Si se deu na Espanha, onde a MYVTMI possui um núcleo licenciado. Bruno Moura tornou-se "Moy Bun No" no dia 1 de dezembro de 2009 e seu nome foi dado pela líder do Clã, Sra. Helen Moy, dias antes, na turnê da China. Dessa forma, o reconhecimento de seu discipulado ocorreu por três gerações acendentes: Si Fu Anderson Maia, Si Gung Leo Imamura e Si Tai Po Helen Moy.
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Bruno, Mari e o filho Kenzo, em jantar com a família Kung Fu.
Em 2012, Bruno casou-se com Mari Haga. Dessa união nasceu o filho, Kenzo, em 2014. Foi agora que o primogênito foi apresentado à Família Moy, no momento em que Bruno Moura completa dez anos na Família Moy On Da San, sendo o sexto decano da 12a. geração do Núcleo Belo Horizonte a receber essa condição. A homenagem ocorreu no Mo Gun, na despedida dos membros ao nosso único discípulo de Portugal da Moy Yat Ving Tsun Martial Intelligence.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Moy Wai Lim em Siu Lam do Sul

William Nogueira (Moy Wai Lim) é membro da MYVT BH desde 2001. Engenheiro Mecânico de formação, William é sócio-diretor da Turbo Brasil, empresa que mantém relações comerciais em vários países, dentre eles, a China. Neste mês de maio, ele viajou por motivos profissionais à cidade de Putian, na província chinesa de Fujian, onde está estabelecido o Templo Shaolin do Sul (em cantonês, Nam Siu Lam Ji).
William Nogueira (Moy Wai Lim) no templo Shaolin do Sul, em Putian.
Como um legatário do Ving Tsun, Moy Wai Lim não poderia ter deixado de visitar o histórico templo, complementando, com seus registros fotográficos, a visita que o Clã Moy realizou no mesmo local, anos atrás, em 2009, com o projeto A Bordo do Junco Vermelho (www.onboardredboat.com).
A placa no pátio interno sobre a reconstrução do templo, nos anos 80 e 90.
Sabe-se que há vários locais denominados "Shaolin", por toda a China, construídos entre os séculos V e XIX, sob o comando dos chamados "monges budistas guerreiros". No entanto, são dois os locais considerados de fato "Monastérios", por sua importância geopolítica.
Templo Shaolin do Norte, na época da reconstrução, nos anos 70.
Escombros do Templo Shaolin do Sul, nos anos 80.
O primeiro é o Templo Shaolin do Norte, fundado em 495 na província de Henan. Este é originário dos demais e, atualmente, muito famoso, recebendo milhões de praticantes, turistas e entusiastas do Kung Fu, sendo o terceiro local de maior visitação turística da China, também reconhecido pela UNESCO como "Patrimônio Tombado Histórico da Humanidade".
Shaolin do Norte, em Henan: atração turística.
O segundo templo, na qual se originou o Sistema Ving Tsun e supostamente viveu a monja Ng Mui e tantos outros abades (chamados de "Cinco Antigos") que originaram os diversos estilos de Kung Fu da China Meridional. O Templo Shaolin do Sul está situado na costa do pacífico, na Província de Fujian.
Invasão de navios piratas levaram a criação de uma "Fortaleza Shaolin" no Sul.
Não há comprovação histórica de quando foi fundado - alguns defendem a criação no final da Dinastia Song, em 1.200 - séculos depois do Templo Shaolin do Norte. O templo sulista desempenhou forte papel político e militar, de proteção à navios piratas do século XVI, numa época em que o "exército shaolin" fazia a proteção territorial para os imperadores da Dinastia Ming (1.368-1.644).

Recentemente reconstruído, nos anos 80, o histórico templo, no alto de uma montanha, ao contrário do templo de Henan, não é uma atração turística, ainda que recebe um pequeno público, mais seleto, que cooperam com os monges budistas que hoje o lideram, preservando as tradições shaolin e do Kung Fu ali deixadas, quando destruído pelos manchus, no século XVIII.
Recepção privativa do líder de Shaolin do Sul à líder do Clã Moy, Sra. Helen.
Para os legatários do Ving Tsun e os apreciadores da história do Kung Fu, visitar o templo Shaolin do Sul, à exemplo de William Nogueira, pode ser mais atrativo e educador que o famoso e popular templo Shaolin do Norte, sem desmerecer o crucial papel desse último, no legado antigo e moderno das Artes Marciais.