domingo, 1 de dezembro de 2013

Patriarca Ip Man, seu falecimento em 1/dez/1972

No primeiro dia de dezembro do ano de 1972, falecia o grande mestre Ip Man, patriarca da 8a. geração do Ving Tsun Kuen.

Moy Yat, à direita, com a faixa branca de luto: indumentária para os discípulos diretos.
Grão-mestre Moy Yat foi um dos discípulos presentes neste momento triste do círculo marcial chinês e do Kung Fu mundial. Anos mais tarde, ele, um dos principais herdeiros de Ip Man, publicou em sua obra "Ving Tsun Kuen Kuit" o seguinte verbete sobre tal episódio:

- "Meu Sifu, Grão-Mestre Yip Man, morreu em 1° de dezembro de 1972, às 17h45, com a idade de 81 anos. A cerimônia foi realizada na Casa Funerária de Kowloon, no dia 5 de dezembro, às 13h30. Às 14h00, seguimos para a colina Fun Ling. Moy Yat registra isso com lágrimas".

A Casa Funerária de Kowloon fica em Hong Kong, sendo uma das maiores deste ramo, na ilha chinesa. Milhares de pessoas foram prestar homenagem ao grande patriarca do Ving Tsun. Como sugere a tradição em cerimônias fúnebres chinesas, os convidados envolvidos recebem distinções, sendo o traje um dos detalhes que servem como diferencial, para medir o grau de relacionamento com o falecido, dentre outros simbolismos.
A casa funerária de Kowloon, onde Ip Man foi velado em 1972.
Discípulos diretos do patriarca Ip Man receberam uma faixa branca na cintura. Discípulos de segunda geração, uma faixa menor, negra, era colocada no braço, sob uma camisa branca. Ao contrário de outras culturas, o branco, não a cor preta, representa o luto para os chineses.

Discípulos na porta da casa funerária, aguardando a saída do féretro.
Após o velório, o corpo do patriarca seguiu para Fanling, outra região de Hong Kong, conhecida como New Territories, local distante de Kowloon. Neste momento, elegeu-se oito discípulos para carregar o féretro. Moy Yat foi um destes privilegiados, incumbidos em subir a montanha para o ato fúnebre final.
A lápide de Ip Man, no topo de uma montanha (Fanling, Hong Kong).
Mestre Leo Imamura, discípulo de Grão-mestre Moy Yat, talvez tenha sido o primeiro brasileiro a visitar a lápide de Ip Man, ainda no ano de 1987, em sua primeira viagem à China. Ele estivera lá, para prestar respeito, acompanhado do filho mais velho do patriarca, Grão-mestre Ip Chung.

Ip Chung, filho de Ip Man, em imagem registrada por Leo Imamura, em visita à lápide, em maio de 1987.
Hoje, passados 41 anos do falecimento do oitavo ancestral do Ving Tsun Kung Fu, a lápide de Ip Man continua sendo local de grande visitação, de descendentes e admiradores do patriarca, de todas as partes do mundo. Em 2012, mestres e tutores do Núcleo Belo Horizonte também estiveram lá, como símbolo de continuidade, gratidão e respeito póstumo.
Cheng Wing, Anderson Maia, Leonardo Mordente, Peter Castro, Pedro Gontijo e Paulo de Figueiredo (nov/2012).


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