quinta-feira, 9 de abril de 2015

12 anos da 12a. geração do Ving Tsun no Brasil

Da honorável fundadora Yim Ving Tsun, em 1.734 na China, até os dias de hoje, o Ving Tsun Kung Fu alcançou 12 gerações ininterruptas de seu legado marcial.
Todas as 12 gerações do Ving Tsun reconhecem o Templo Shaolin do Sul como originário.
No Brasil, o Mestre Leo Imamura (Moy Yat Sang), representante da 10a. geração do legado de Grão-Mestre Moy Yat, formou os primeiros mestres de 11a. geração em março de 2003, dentre eles, o Mestre Anderson Maia (Moy On Da San), do Núcleo Belo Horizonte.
Leo Imamura e Anderson Maia: 10a. e 11a. geração.
Mestre Anderson Maia, exatamente um mês depois da autorização de seu mentor para formar sua própria família-kung fu, fundou a Família Moy On Da San, em 15 de abril de 2003, sendo ela a representante de 12a. geração da Moy Yat Ving Tsun em Minas Gerais. O grupo liderado pelo Si Fu Anderson Maia completa agora 12 anos de existência.
A primeira cerimônia da Família Moy On Da San, em 2003.
O primeiro membro da Família Moy On Da San foi Genaro Kummer, quando nesse dia de 2003 realizou-se, no Núcleo Belo Horizonte, o tradicional Hoi Kuen (abertura marcial). De lá para cá foram centenas de membros e, como já dizia o grande patriarca Ip Man, um mestre de Kung Fu tem que ter sabedoria para garimpar seus alunos, garantindo assim a perpetuação do legado para as gerações vindouras. Mestre Anderson Maia, ao longo desses 12 anos, reconheceu apenas 12 discípulos - membros vitalícios da Moy Yat Ving Tsun. São eles: Pedro Gontijo (Moy Go Ji), Paulo de Figueiredo (Moy Lei Do) e Pedro Naves (Moy Dak Lo), de 2003; Helder Lima (Moy Wut Dei) e Daniel Balparda (Moy Ba Daat), de 2004; Bruno Moura (Moy Bun No), de 2005; Paulo Nolli (Moy Na Lei), de 2009; César de Avelar (Moy Seek Sap) e Ana Breyner (Moy Lo Lin), de 2010; Thiago Rochael (Moy Dei A Go), Lúcia Morgado (Moy Lo Siu A) e Rafael Lembi (Moy Fai Lai), de 2011. Muitos ainda estão por vir... 
O seleto grupo de discípulos da Família Moy On Da San.
A importância de cada geração para um legado se perpetuar é assunto aprofundado na China há séculos. Na rica Dinastia Song (960-1.279), o Imperador Taizu decretou uma regra que até hoje é habitual no círculo marcial do Kung Fu: um legado precisa de cinco gerações ininterruptas para caracterizar um ciclo completado. Por esta razão, o Ving Tsun encontra-se no seu 3o. período. O primeiro envolve a fundadora Yim Ving Tsun à Leung Yi Taai, período conhecido como "era do junco vermelho". O segundo período vai do Patriarca Leung Jaan ao Mestre Leo Imamura, momento esse que começou com a introdução da arte nas famílias aristocratas do Sul da China, em 1890, passando para a ilha de Hong Kong em 1949, até se internacionalizar, nos anos 60.
O Imperador Taizu determinou o período para um legado se tornar genuíno chinês.
A façanha do Sistema Ving Tsun em manter a salvaguarda do conhecimento por tantas gerações já era consagrada pelo povo chinês. A mostra mais globalizada desse grande feito veio em 2009, quando a UNESCO reconheceu o legado do Ving Tsun Kung Fu como "Patrimônio Intangível da Humanidade".
Placa da UNESCO reconhecendo o Ving Tsun como legado da humanidade.
A 12a. geração do Ving Tsun tem o crucial papel de levar o legado à frente, sem cortar laços com as gerações descendentes, contribuindo para a completude do 3o. período, dessa que é a única Arte Marcial Chinesa fundada por uma mulher e hoje o estilo de Kung Fu mais praticado no mundo.
Ving Tsun sendo praticado por 10 mil chineses: o estilo mais difundido do mundo.

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